Tornar informações científicas acessíveis para que as pessoas possam tomar decisões mais conscientes sobre seu estilo de vida e bem-estar.
Tive como objetivo avaliar as principais mudanças no estilo de vida da população durante o período de isolamento social e encontrar meios de intervenção.
Como conclusão, a evidência foi que o surgimento e intensificação de maus hábitos foram consequentes da instabilidade emocional, financeira e das barreiras sociais impostas.
Após diferentes pesquisas, projetei uma das soluções consideradas, tendo como base modelos científicos, testes de usabilidade e questionários.
O desejo das pessoas de melhorar — O problema em escala populacional
Por repercussão, decidi pesquisar sobre os maus hábitos que surgiram no período de isolamento social e quais riscos poderiam trazer a saúde.
Após uma semana pesquisando por estudos científicos e notícias, organizei os comportamentos que encontrei e que mais se destacaram como:
Como podemos mudar? — A saúde moldada por nossos hábitos
Acabei por buscar modelos teóricos que serviriam como base pela minha falta de conhecimento sobre mudança e desenvolvimento de hábitos.
Escolhi dois modelos abrangentes como referência para a continuação pesquisa pelas considerações que possuíam sobre fatores psicológicos e externos. Foram eles:
Por que eles não mudam? — O problema em escala individual
Embora eu tivesse suposições, queria encontrar padrões nas barreiras que as pessoas tinham que as impediam de tomar medidas para substituir seus maus hábitos.
Foram necessárias 14 entrevistas remotas 1:1 com participantes de <37 anos para perceber que eles têm quatro dificuldades comuns.
Considerando o possível impacto
Embora a organização diária e a estabilidade emocional sejam essenciais para uma vida calma e satisfatória, elas exigem uma intervenção do indivíduo para analisar sua rotina e procurar serviços de saúde mental.
Com isso em mente, decidi abordar o problema da falta de consciência e conhecimento com base na teoria do Modelo IMB que destaca a importância da motivação e da informação na saúde comportamental intervenções.
Como aumentar a conscientização sobre comportamentos prejudiciais às pessoas?
Embora haja muitos estudos públicos sobre ciência comportamental e saúde geral, publicações acadêmicas ainda são desconhecidas por muitos.
Acredito que existem quatro desafios principais que dificultam o acesso a esses artigos pelo público geral:
Como posso motivar e facilitar a mudança de hábitos na idade adulta?
Considerando essa questão, passei uma semana tendo ideias a partir de conteúdos sobre soluções atuais e quais fatores influenciam uma mudança na rotina.
Cheguei a 4 soluções que poderiam vir a se tornar um negócio digital escalável e sustentável:
Também encontrei alguns modelos em minhas revisões bibliográficas que descrevem diferentes estratégias para facilitar o desenvolvimento de novos hábitos.
O mais completo traz 6 estratégias comumente sugeridas por especialistas e mencionadas em blogs. São elas:
Descobrindo uma oportunidade de se destacar no mercado digital
Na busca por soluções nessa questão, havia claramente uma oportunidade de explorar o mercado móvel.
A maioria dos aplicativos focavam apenas em pessoas já determinadas para mudar, somente no terceiro estágio da mudança comportamental³.
A maioria não interagia com o público e fornecia pouca ou nenhuma informação sobre hábitos, introspecção ou estratégias para facilitar uma mudança.
Definindo um público-alvo
Embora eu não tenha feito pesquisas demográficas, considerei o público-alvo por sua influência com familiares e amigos, familiaridade com aplicativos e o resultado de ter um estilo de vida mais saudável.
O público-alvo são pessoas com <35 anos, possivelmente solteiras, que buscam benefícios físicos como tratamento para seus maus hábitos, ou que estão preocupadas com seu corpo e saúde mental no futuro.
Projetando um produto que ofereça uma mudança de mentalidade
3 dos entrevistados (sponsor users⁴) me ajudaram a definir um fluxo de usuário intuitivo e a arquitetura de informação do aplicativo.
O objetivo era de projetar um produto que facilitasse o registro e repetição, enquanto fizesse com que os usuários se sentissem auxiliados, informados e interessados.
O visual deveria trazer contraste na hierarquia de informação, utilizando ilustrações para estimular usuários a se imaginarem no cenário representado.
Explorando maneiras de reduzir a sobrecarga cognitiva dos usuários
Comecei a comparar diferentes wireframes com os sponsor users para entender qual deles exigia menos esforço mental do usuário para reconhecer a hierarquia e ler as informações mais rápido.
Com isso, criei um protótipo de média fidelidade no Figma com base nessas comparações, utilizando carrousels, ações de “leia mais” e interações para ocultar informações.
Testes de usuário e melhorias implementadas nas interfaces
Realizei um teste de usabilidade remoto moderado com 10 participantes para analisar tanto a experiência da jornada principal, como fluxos situacionais do aplicativo.
Após cada teste, eu realizava uma breve entrevista 1:1 com os participantes para aprender com sua compreensão da ideia do aplicativo, seu engajamento com o conteúdo, e o quão intuitivo foi encontrar um hábito para começar.
Melhorias de usabilidade e acessibilidade implementadas
Através dos insights obtidos dos testes e das breves entrevistas, pude melhorar, principalmente, a navegação até adição de um hábito e a visualização dos registros.
Essas melhorias tinham como objetivo aumentar o engajamento dos usuários com os diferentes conteúdos do aplicativo e se motivarem com o próprio progresso.
Handoff & materiais de suporte para o desenvolvimento terceirizado
Após o design, foi necessário criar um design system com design tokens, um banco de dados de iconografia e os layouts de componentes que no time terceirizado.
A versão beta do aplicativo foi lançada no Android primeiro para ficar acessível à maioria do público-alvo.
Principais planos para o lançamento da versão beta do aplicativo
O objetivo principal era coletar feedback dos usuários em pesquisas sobre usabilidade, compreensão do conteúdo, satisfação e suporte para desenvolver novos hábitos.
Essa coleta foi feita através de diferentes questionários e minhas expectativas eram que o primeiro trimestre do produto se aproximasse de:
Insights do lançamento da versão beta e futuras priorizações
Entendi que houve uma grande satisfação em relação ao conteúdo e a navegação geral era intuitiva para pessoas com familiaridade com dispositivos móveis.
Entretanto, de acordo com perguntas abertas, ainda era necessário tornar a comunicação menos técnica para o público em geral e melhorar a navegação do aplicativo para usuários menos experientes com aplicativos.
Reflexões sobre meu processo
Se eu tivesse um orçamento, realizaria testes A/B antes do lançamento da versão beta para me assegurar usabilidade e adesão do produto.
Existiam muitas possibilidades a serem exploradas, como ajudar os usuários se familiarizarem com o hábito, ajudá-los a desenvolver suas motivações e criar um senso de comunidade fora do aplicativo.
Entretanto, pela complexidade, seria necessário conduzir futuramente diferentes pesquisas para entender como manter os usuários engajados na mudança de hábito.
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